Hello World

License

Todos os programas devem começar indicando o tipo de licença, por exemplo:

// SPDX-License-Identifier: MIT

SPDX indica o tipo de licença correspondente ao código. Se não for especificado um tipo de licença, o compilador do Solidity emitirá um aviso. O SPDX é incluído no bytecode pelo compilador. Em programas de código aberto, como os utilizados no Ethereum, é crucial deixar claros os direitos autorais envolvidos. Isso garante que aqueles que desejam utilizá-los ou até mesmo copiá-los estejam cientes das implicações legais.

Por exemplo, os contratos inteligentes do Uniswap V3 utilizam a seguinte licença:

// SPDX-License-Identifier: BUSL-1.1

A licença BUSL protege os direitos autorais por um período de tempo (por exemplo, 3 anos), após o qual o código passa a ser de domínio público.

Uma das licenças mais utilizadas é a MIT, que é uma licença sem restrições. No entanto, ela não assume nenhuma responsabilidade pelo uso do software, deixando claro que o autor não é responsável por eventuais problemas decorrentes do seu uso.

Pragma

A declaração de pragma indica a versão do compilador Solidity que deve ser utilizada para compilar o código sem erros. Caso o compilador usado não seja compatível com a versão especificada no pragma, um erro será emitido.

Por exemplo, uma declaração típica de pragma em Solidity seria:

pragma solidity ^0.8.0;

No exemplo acima, ^0.8.0 significa que o contrato pode ser compilado com qualquer versão do compilador Solidity a partir da 0.8.0, até versões que não introduzam mudanças incompatíveis (breaking changes).

Essa prática é essencial para evitar problemas de incompatibilidade ao usar o contrato em diferentes ambientes e versões do compilador, garantindo maior estabilidade no comportamento do código.

Contract

A palavra contract em Solidity representa um contrato inteligente. Um contrato em Solidity é uma entidade que contém código executável na blockchain Ethereum. Os contratos podem interagir com outros contratos, além de conter variáveis, funções e eventos que definem seu comportamento.

Em linguagens orientadas a objetos, seu equivalente seria uma classe.

Aqui está um exemplo de um contrato simples:

contract HelloWorld {
string public greet = “Hello World!”;
}

Este é um contrato inteligente chamado HelloWorld que contém:

  • Uma única variável chamada greet, que é do tipo string,

  • Marcada como public (visível publicamente),

  • Com o valor inicial atribuído: "Hello World!".

O código do contrato é delimitado por chaves ({ e }). Essa estrutura simples já permite que o valor da variável seja acessado externamente, exemplificando como contratos podem armazenar e expor informações na blockchain.

Comentarios

Em Solidity, assim como em muitas outras linguagens de programação, os comentários têm como objetivo fornecer explicações e documentar o código-fonte. Esses comentários não afetam a execução do programa, pois são ignorados pelo compilador.

Os comentários servem para:

  • Documentar o código, facilitando sua leitura e entendimento, seja por outros desenvolvedores ou pelo próprio programador no futuro.

  • Explicar o propósito e o funcionamento de variáveis, funções e partes específicas do contrato, tornando o código mais acessível e fácil de manter.

Solidity permite criar dois tipos de comentários: em uma única linha ou em várias linhas.

Comentários de uma única linha

Usa-se o símbolo // para iniciar o comentário. O que vier após ele até o final da linha será ignorado pelo compilador.

// Este é um comentário de uma linha e será ignorado pelo compilador

Comentários de múltiplas linhas

Para incluir comentários que ocupem mais de uma linha, utiliza-se /* para iniciar e */ para terminar o bloco.

/* Este é um comentário de múltiplas linhas
   que também será ignorado pelo compilador */

Comentar seu código de forma clara e objetiva ajuda na colaboração e na manutenção de contratos inteligentes, especialmente em projetos maiores ou open-source.

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